http://1.bp.blogspot.com/_LTBiP94BJNE/TBdqfP3jcfI/AAAAAAAAAz0/J5f4ABTo8Kc/s1600/fractal.jpg

terça-feira, 19 de julho de 2011

RELATÓRIO INTERNO



Uma vez recolhidas as grelhas de registo dos resultados dos questionários que foram enviados aos colegas com vista a fazer uma avaliação da implementação do programa de matemática, importa agora divulgar os resultados dessa mesma avaliação.

Segue-se na íntegra o relatório que será enviado brevemente às escolas:


IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE MATEMÁTICA DO ENSINO BÁSICO (1.º CICLO)
RELATÓRIO INTERNO FINAL DE ANO LECTIVO – 2010/2011

O Novo Programa de Matemática do Ensino Básico em implementação em todas as turmas do 1.º ciclo do agrupamento tem sido alvo de avaliações regulares nas reuniões de departamento. Tem sido possível extrair algumas conclusões também a partir da análise das reflexões dos professores do 4.º ano em torno de algumas tarefas que foram propostas pela coordenação deste programa.
É de referir que foi no início do ano lectivo proposta aos departamentos do 1.º ciclo uma metodologia que foi aprovada e implementada. Essa metodologia assentou em grande medida num blogue criado especificamente para o efeito. Foi utilizado um questionário com a intenção de identificar fragilidades/necessidades dos docentes a três níveis:
- Conhecimento matemático;
- Conhecimento didáctico;
- Conhecimento curricular.
Desse levantamento, foi possível identificar algumas dificuldades que justificavam inteiramente uma dinâmica trabalho de planeamento e reflexão conjunta presencial que não chegou a existir, dados os constrangimentos ao nível dos horários dos docentes envolvidos, que desta forma não dispuseram de qualquer crédito horário para o efeito.
Como forma de contornar essas importantes limitações, a coordenação procurou dar resposta às solicitações mais prementes utilizando o blogue para esclarecer algumas questões essenciais. Além disso foram disponibilizadas ligações a sítios de referência com propostas de carácter didáctico.
Alguns professores propuseram também bastantes actividades, das quais, algumas (que pela sua qualidade) foram seleccionadas e divulgadas junto das escolas por correio electrónico.
É um dado objectivo que o blogue foi pouco participado seja com comentários, seja com publicações por parte dos docentes.


Dada a percepção que as turmas do 4.º ano teriam sofrido um abaixamento dos seus resultados no 1.º período e que o manual adoptado seria pouco adequado às expectativas do novo programa, a coordenação optou por criar a partir do 2.º período, uma dinâmica de implementação de algumas tarefas, acompanhadas da respectiva reflexão sobre as práticas de implementação.
Dessas reflexões é possível também constatar fragilidades relevantes que se colocam desde logo ao nível de concepções sobre a matemática e do seu ensino com repercussões óbvias quer na aceitação da mudança de paradigma suscitada pelo novo programa, quer na qualidade das práticas a oferecer aos alunos. São exemplos desta realidade algumas manifestações de desagrado/desvalorização de propostas de prática compreensiva de procedimentos propostos (algoritmos da divisão alternativos sugeridos no novo programa p. 18, e também algoritmo egípcio da divisão) que alguns docentes consideravam um retrocesso, alegando que os seus alunos já os dominariam.
Assim, como forma de perceber como viram os docentes a implementação do novo programa ao longo do ano lectivo, a coordenação através de um questionário, colocou aos docentes as seguintes questões:
Questão 0 - Considera a metodologia de trabalho de trabalho que foi adoptada/ajustada ao longo do ano, adequada à implementação do NPMEB?
Questão 1 - Considera o “desenho” da Planificação Trimestral que foi adoptado, adequado aos seus alunos?
Questão 2 - No caso de leccionar uma turma com alunos do 4.º ano, utilizou as tarefas mensais propostas pela coordenação do NPMEB?
Questão 3 - Como classifica o nível de colaboração entre os professores no âmbito da implementação NPMEB?
Questão 4 - Classifique o grau de utilidade do blogue do Novo Programa de Matemática enquanto ponto de apoio às suas práticas.
Questão 5 - Qual a principal dificuldade sentida na implementação do NPMEB?
Questão 6 - Que sugestões dá para melhorar o processo de implementação do NPMEB para o próximo ano lectivo?

Analisando o gráfico da figura seguinte podemos verificar uma razoável concordância dos professores com as metodologias adoptadas.
A grande maioria dos docentes é de opinião que as metodologias adoptadas ao longo do ano lectivo foram razoavelmente adequadas. O número de professores que consideram a metodologia muito adequada, é superior àquele que quantifica o número de docentes descontentes com a metodologia utilizada.
As dificuldades em estabelecer uma dinâmica colaborativa e reflexiva, já apontadas no relatório intercalar assim como numa boa parte das respostas à questão n.º 6 do questionário a que este relatório diz respeito estarão provavelmente na base desta apreciação por parte dos docentes.















A maioria dos docentes envolvidos considera o desenho da planificação razoavelmente adequado, ou até muito adequado.














A maioria dos docentes com alunos do 4.º ano é de opinião que algumas das tarefas mensais propostas para implementação foram por si utilizadas. Pela análise do gráfico podemos verificar que nenhum docente utilizou as tarefas na íntegra, e nenhum deixou de utilizar pelo menos uma tarefa proposta.





















Apesar dos constrangimentos ao trabalho colaborativo já apontados, podemos verificar que é maior a percentagem dos decentes faz uma apreciação positiva no nível de colaboração entre docentes no âmbito da implementação do NPMEB do que daqueles que consideram o nível de colaboração escasso. Esta apreciação levanta também outras questões:
- Estarão os docentes cientes do contributo que o trabalho colaborativo/reflexivo poderá trazer às suas práticas;
- Estarão os docentes conscientes do grau de desafio que lhes é colocado pelo novo programa particularmente no que concerne ao desenvolvimento das capacidades transversais?
















Apesar de 18,2% dos docentes considerar muito útil o blogue de apoio ao novo programa, a maioria dos docentes considera que este recurso teve, ora razoável, ora escassa utilidade.
Mais abaixo, em relação à questão 6 podemos encontrar algumas opiniões que apontam no sentido de que o blogue poderia ter fichas de trabalho para descarregar sobre diversos temas, podendo cada professor partilhar com todos o seu trabalho. No entanto, no penúltimo gráfico podemos constatar que a maioria dos docentes com alunos do 4.º ano, utilizou poucas, ou na melhor das hipóteses, algumas tarefas propostas para implementação.














45% dos docentes aponta como principal dificuldade na implementação do programa a compatibilização das tarefas sugeridas (por mail e no blogue por exemplo) e aquelas que constam do manual adoptado. O manual adoptado nos: 2.º e 4.º anos é recorrentemente apontado em diversos momentos da vida da escola como pouco adequado às exigências no novo programa, mas mesmo podemos inferir que é encarado por uma boa parte dos docentes como um recurso incontornável, dada a relevância que lhe é atribuída.

















Na questão 6 onde eram pedidas sugestões aos docentes para futuro, a maioria centra-se em duas ideias essenciais:
- O processo de implementação do novo programa decorreu normalmente e não foram sentidas dificuldades;
- Deverá haver lugar a uma maior partilha de ideias, materiais, dúvidas, reflexões.
Como menor expressão, mas ainda assim com um número considerável de adeptos, são apontadas as seguintes sugestões:
- É importante aferir critérios de avaliação das aprendizagens dos alunos;
- É importante que hajam no Blogue da Matemática de material de apoio (Fichas de Trabalho) que fosse possível descarregar e usar ou mesmo que os professores pudessem colocar à disposição de todos, de forma a partilhar o material que possuem.
- Seria importante a realização de campeonatos de cálculo mental.

O responsável pela Coordenação do NPMEB
Paulo Carvalho