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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Algumas Sugestões

Para os colegas que manifestaram preocupações com o tópico de Organização e Tratamento de dados (Gráficos de caule e folhas, etc.) , podem consultar uma brochura no Ministério da Educação. Creio que ajuda bastante.
Basta clicar no link abaixo.
http://sitio.dgidc.min-edu.pt/matematica/Documents/analise_dados.pdf

Relativamente à classificação de sólidos geométricos segue-se um link para o professor que pode ajudar- http://www.prof2000.pt/users/promat/sg.pps#257,2,Matemáticaromat/sg.pps#257,2,Matemática -5º ano. No entanto, convém esclarecer alguns aspectos que nesse recurso não estão esclarecidos:

PRISMAS
No caso dos prismas, as bases são por definição polígonos congruentes situados em planos paralelos. Isto não significa que os planos das bases sejam necessariamente perpendiculares aos planos das faces laterais. A figura ao lado, por exemplo é um prisma quadrangular.
O prisma que existe nas caixas métricas das nossas escolas é um caso particular de um prisma - prisma recto. Chama-se assim, porque o ângulo formado entre os planos das bases e os planos das faces laterais é um ângulo recto.
Este prisma não tem o nome "prisma quadrangular" pelo facto das bases serem quadrados. Aqui as bases tanto podem ser os quadrados do topo e do "chão", como poderão ser os 4 rectângulos restantes, desde que considerados aos pares. O prisma tem esse nome, porque as bases são necessariamente quadriláteros (polígonos com 4 lados). Por exemplo, o seguinte poliedro é também um prisma quadrangular:








Voltando ao primeiro prisma quadrangular, por definição, as faces laterais dos prismas são paralelogramos (os rectângulos são casos particulares de um paralelogramo).

Embora possa parecer, esta afirmação não entra em contradição com o que digo atrás quando afirmo que as bases podem ser os rectângulos.
Alguém poderá questionar: "Então se as bases forem os rectângulos, pelo menos duas faces laterais não são rectângulos contrariamente ao que consta da definição".
Damos resposta a esta questão com um facto importante e que o NPMEB sublinha - Os quadrados são casos particulares de rectângulos e então um quadrado não deixa de ser um rectângulo. Por sua vez os rectângulos são casos particulares de paralelogramos.

Para compreender melhor todas estas considerações será importante conhecer a classificação hierárquica dos quadriláteros.



















Trapézio
quadrilátero com pelo menos um par de lados opostos paralelos.

Paralelogramo
quadrilátero com todos os lados opostos paralelos.

Rectângulo
quadrilátero com os ângulos internos congruentes (90º).
É necessariamente um paralelogramo.

Papagaio
quadrilátero onde se identificam dois pares de lados consecutivos disjuntos congruentes.

Losango
quadrilátero com os quatro lados congruentes (é necessariamente um papagaio).

Quadrado
quadrilátero com todos os lados e todos os ângulos congruentes entre si (é necessariamente um rectângulo e um losango).

Relativamente às pirâmides creio que não haverá dificuldade em identificar a base, a não ser no caso do tetraedro, onde qualquer face pode ser considerada base.












PIRÂMIDES
É de salientar também que as pirâmides não têm que ser sempre rectas como as que temos nas caixas métricas. Na figura seguinte temos pirâmides não rectas:















LINGUAGEM LOGO


Em relação a este tema não há uma necessidade premente de formação porque o "Clube Logo" previsto inicialmente no Plano da Matemática II ficou sem efeito.



Se alguém quiser saber mais pode falar com a dinamizadora do seu departamento para combinarmos o que for necessário.

NÚMEROS RACIONAIS NÃO NEGATIVOS
Segue-se um link da ESE de Leiria sobre os números racionais que pode dar uma pequena ajuda:
http://blogs.esecs.ipleiria.pt/eb1mat/files/2007/03/texto-introdutorio-decimais-para-sessoes.pdf



No entanto, dado que é um tema que envolve alguma complexidade, há algumas questões que convém clarificar junto dos professores, ainda que uma parte do que se segue não esteja ao alcance dos alunos:

Contrariamente ao que muitos pensam, os números decimais não são números com "parte decimal", ou "com vírgulas". Por outro lado, há alguma confusão entre número decimal e representação decimal de um número.



Os números decimais são um subconjunto dos números racionais. Por sua vez os números racionais são números que se podem expressar através de uma fracção em que tanto o numerador como o denominador são números inteiros, como por exemplo 1/3=0,33333..., 2/5=0,4.





Um número racional é decimal quando pode ser representado através de uma fracção decimal. Uma fracção decimal é uma fracção em que o numerador é um número inteiro e o denominador é uma potência de base 10 e expoente natural.
Esta forma de identificar um número decimal não é acesssível aos nossos alunos, mas existe outra forma de os identificar que está ao seu alcance.

Os números racionais podem ser representados através da sua representação fraccionária e também da sua representação decimal, ou em dízima.

Na representação em dízima identifica-se um número decimal quando o número de "casas decimais" não é infinito (dízima finita).

Ex. 1/5= 0,2

No caso de se tratar de um número racional não decimal a sua representação em dízima tem um número de casas decimais infinito e existe um padrão repetitivo.

Ex. 1/9=0,111111...


Sempre que for possível representar um número racional por uma fracção decimal, diz-se que esse número é decimal.

Ainda podemos considerar o caso dos números irracionais, como o número PI, ou as raízes. Estes números não podem ser expressos por nenhuma fracção e a sua representação em dízima é infinita não periodica. Não existe um padrão nos algarismos da parte não inteira e essa parte é infinita.

Tudo o que vimos atrás levanta duas questões que podem causar perplexidade:

  1. Há números com "casas decimais" que não são números decimais;
  2. Os números inteiros também são decimais. Senão vejamos:

Por exemplo o número 5 pode ser representado através de uma fracção decimal 50/10, ou 500/100.

De facto, qualquer número inteiro pode ser representado por uma fracção decimal, bastando para tal multiplicar e dividir esse número por uma potência de base 10 (10, 100, 1000...)

Em resumo, penso que a forma mais adequada de identificarmos o que é um número decimal com os nossos alunos será verificar se se trata, ou não de uma dízima finita e isso aplica-se tanto aos números inteiros como aos não inteiros.

Para evitar ambiguidades e erros de linguagem será preferível chamar "não inteiros" a todos os números que não sejam inteiros e reservar o termo "decimal" para as dízimas finitas, incluindo os números inteiros.

Outra situação que pode causar ambiguidade é quando nos referimos à parte não inteira de um número. É frequente afirmarmos por exemplo, que no número 12,37 existe uma "parte inteira" e uma "parte decimal". Para evitarmos eventual ambiguidade do termo "decimal" será preferível dizer que temos uma "parte inteira"- 12 e uma parte "não inteira"-0,37.




Tal como afirmam vários colegas nas vossas impressões, há carência de formação nesta área e por isso, quando o entenderem, poderemos encontrar-nos para esclarecer estas e outras questões. Basta para isso enviar mail para os dinamizadores a solicitar uma data e hora e procurarei agendar. Entretanto vou actualizando este post com mais novidades e melhorias.





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